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O que é supply chain management?

O termo supply chain management, ou simplesmente SCM, é muito recorrente na logística, traduzido como gestão da cadeia de suprimentos. No entanto, muito mais do que simplesmente traduzi-lo, é importante compreender o que significa e quais são as suas implicações.

E então? Você sabe o que é supply chain management?

Para subsidiar essa discussão, buscamos a definição de supply chain management segundo o Council of Supply Chain Management Professionals (CSCMP), que é uma associação americana de profissionais, do mundo inteiro, que atuam na área de gestão da cadeia de suprimentos, com o objetivo de promover o network e desenvolvimento desses profissionais através de cursos, publicações e eventos.

Segundo o CSCMP, a definição de supply chain management:

Abrange o planejamento e o gerenciamento de todas as atividades envolvidas nas operações de compra de suprimentos, produção e todas as atividades de gerenciamento de logística. É importante ressaltar que também inclui coordenação e colaboração com parceiros de canal, que podem ser fornecedores, intermediários, prestadores de serviço terceirizados e clientes. Em essência, o gerenciamento da cadeia de suprimentos integra o gerenciamento da oferta e demanda dentro das empresas e entre elas.

CSCMP – Definições e Glossário – Tradução do autor

 Observa-se, pela definição, o quanto é abrangente esse conceito sobre supply chain management, e a quantidade de processos envolvidos nessa gestão.

Planejamento das operações na supply chain management

A definição começa ressaltando a importância do planejamento de todas as atividades envolvidas no suprimento, produção e distribuição, este último referenciado na definição como gerenciamento da logística.

Mas afinal, o que é planejar?

Planejar é entender como a consideração conjunta da situação presente e da visão de futuro influencia as decisões tomadas no presente para que se atinjam determinados objetivos no futuro.

Correa, H. L; Gianesi, I. G. N.; Caon, M. Planejamento, Programação e Controle da Produção. São Paulo: Atlas, 2001. p. 37.

Planejar nada mais é do que tomar decisões no presente que venham a alcançar determinados objetivos no futuro. Mas como o futuro pode ser muito distante e venham a ocorrer alterações ao longo desse processo, o planejamento deve ser uma prática contínua.

planejamento estratégico
O planejamento prevê análise de resultados e tendências para definição de metas alcançáveis

Uma das grandes questões para a empresa, é qual horizonte de futuro deve ser considerado em seu planejamento. Será que um pequeno negócio deve fazer um planejamento para os próximos 10 anos? Possivelmente não! Então é importante que as empresas estabeleçam seus horizontes de planejamento de forma a que os objetivos propostos possam ser atingidos.

Nesse sentido, por exemplo, os planejamentos podem ser estabelecidos de forma hierárquica (curto, médio e longo prazos), sendo revisados periodicamente. Como as incertezas aumentam com o tempo, o planejamento hierárquico permite reduzi-las, na medida em que vão sendo feitos ajustes, considerando as novas realidades do negócio.

Depois de planejar, o importante é fazer a gestão

Porém, de nada adianta, a empresa elaborar um belo planejamento, se não faz a adequada gestão dos processos, tendo esse planejamento como meta diária. É muito comum verificar alguns planejamentos que simplesmente são esquecidos em pastas ou gavetas, sem que sejam considerados como diretrizes para as ações diárias.

gerenciamento indicadores
O gerenciamento das atividades indica se as ações estão direcionando a empresa a atingir os resultados planejados

Um bom gerenciamento exige avaliação e controle de resultados, tendo como base metas estabelecidas a partir do planejamento definido. Já discutimos aqui no blog algumas ferramentas importantes para acompanhamento de resultados, como a técnica de indicadores SMART para acompanhamento de processos. Mas é claro que existem outras ferramentas com o objetivo de garantir a aderência dos indicadores de processo ao planejamento.

Uma questão importante ressaltada na definição do CSCMP para supply chain management é ressaltar de que TODAS as atividades envolvidas nas operações de compra, produção e distribuição devem ser gerenciadas. Pode parecer redundante, mas em todas as atividades envolvidas são importantes, mesmo aquelas que aparentemente não estão diretamente ligadas à veia principal da cadeia de suprimento, como contabilidade, contratação, financeiro entre outras. Todas, absolutamente todas, merecem atenção nesse gerenciamento.

Colaboração com os membros do canal

Outro aspecto ressaltado na definição, e que também já analisamos em outra publicação de nosso blog, é a colaboração com os membros do canal. Essa colaboração é de fundamental importância, pois são parceiros importantes para que se atinja os melhores resultados.

A parceria com membros do canal é peça chave na gestão da cadeia de suprimentos

A colaboração com fornecedores, envolvendo-os em todas as etapas do processo de compra de matérias primas e produção, contribui para que ao entender as necessidades da fábrica em relação às especificações da matéria prima e aos prazos envolvidos, haja um maior comprometimento desses com tais requisitos.

Os intermediários e prestadores de serviços terceirizados são parceiros envolvidos em atividades da cadeia de suprimentos, cujo comprometimento é fundamental para que tais atividades sejam desempenhadas adequadamente.

Muitas vezes esse comprometimento pode ser vital para a cadeia de suprimentos, como é o caso da contratação de operadores logísticos, cujas considerações você pode também ler em nosso blog.

Por fim, o cliente é peça chave nesse processo, pois o relacionamento da empresa com ele, permite conhecer e, muitas vezes, propor soluções que superem suas expectativas. O feedback recebido do cliente é informação valiosa para revisão e implantação de melhorias de processo.

Na essência, integração entre oferta e demanda

A essência do gerenciamento da cadeia de suprimento é, portanto, conforme a definição do CSCMP, a gestão da oferta e demanda dentro e fora das empresas. Esse conceito é muito importante, pois no passado, as empresas estavam mais voltadas para seus processos internos, na busca por melhorias, mas sem enxergar a cadeia como um todo.

Na medida em que passaram a integrar seus processos internos aos outros membros do canal, buscando entender toda a dinâmica da cadeia, suas interfaces, e de que forma seus processos poderiam ajudar e ser ajudados por esses vínculos, passou a ter um novo posicionamento na própria cadeia.

Nesse sentido, o fluxo de informações exerce um papel fundamental, como também já discutimos em nosso blog, pois é através dele que tais informações são transmitidas entre as partes com o objetivo de propiciarem as análises e correções de processos necessárias para se atingir o resultado ótimo global da cadeia de suprimentos.

Esse é o conceito básico e fundamental transmitido pelo CSCMP ao estabelecer sua definição para gestão da cadeia de suprimentos, ou, como também conhecida, supply chain management.


Se você gostou desse assunto, tratamos de muitos outros relacionados à logística empresarial, em nosso curso Logística Integrada na Cadeia de SuprimentoConheça o programa completo do curso.

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REFERÊNCIAS:

Correa, H. L; Gianesi, I. G. N.; Caon, M. Planejamento, Programação e Controle da Produção. São Paulo: Atlas, 2001.

CSCMP – Council of Supply Chain Management Professionals. Glossário e Definições.

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